ÓPERA PÂNICA

Texto do chileno Alejandro Jodorowsky, apresenta uma sociedade onde imperam o consumo, a visão tacanha e a distância entre os seres. Com direção de Marcelo Morato e um elenco de 6 jovens atores formados no Curso de Formação Profissional da CAL, a peça contém três elementos básicos: humor, absurdo e situações extremas. Todos eles reunidos em um formato de 27 cenas curtas, com os atores nos conduzindo através de histórias surrealistas formidáveis. É uma obra mordaz, dinâmica, com duração de 90 minutos e seis atores em cena que vão se transformando ao longo da peça em diversos personagens. Serão apenas oito apresentações no Espaço Sérgio Britto, nos dias 26, 27, 28 de fevereiro e 4 e 5 de março.

O AUTOR

Um dos pioneiros da vanguarda teatral chilena, mexicana e européia, Alejandro Jodorowsky foi um dos fundadores, nos anos sessenta, junto com Fernando Arrabal e Rolando Topor, do fenômeno artístico, literário e teatral denominado Pânico. Inspirado no deus Pan, tinha como seus principais preceitos o humor, o terror e a euforia. Buscavam intensamente transcender a sociedade aristotélica e impulsionar a humanidade para uma nova perspectiva. Foi um movimento que criticava a razão pura e a mentalidade voltada para o acúmulo, para o capital e para a permanência e imobilidade das formas. O homem pânico buscaria a totalidade do seu ser através de ações improvisadas, sempre experimentando e avançando, alargando os limites do comportamento centrado no “eu”, através de uma ação coletiva, libertária e intempestiva. Cada nova posição assumida levaria a descobrir novas possibilidades.