Num vilarejo francês, um rinoceronte é visto à solta pelas ruas. A reação dos locais se divide entre o estranhamento e a exasperação – afinal, o gato de estimação de uma dona de casa foi esmagado pelo animal. No entanto, quando a população se dá conta de que são as pessoas que estão se metamorfoseando em rinocerontes, numa verdadeira epidemia, a situação se complica. O pânico divide lugar com a negação, e ninguém parece capaz de explicar o que de fato está ocorrendo.
Em três atos, a peça de Ionesco – parte do movimento “teatro do absurdo” – possibilita múltiplos olhares e interpretações, característica que faz dela fonte inesgotável de interesse e curiosidade até os dias atuais.