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2022.1 Bacharelado de Teatro Encenação 03 BT38

GUERRA


Direção Isaac Bernat

MAIO 2022

Sala Pátio

Unidade CAL Glória

Estamos vivendo várias guerras ao mesmo tempo. No mundo, no nosso país, entre as pessoas e dentro de nós mesmos. Como dar conta de tudo isto? O perigo de uma guerra nuclear, a pandemia, a inflação, o risco de um novo golpe, o genocídio da população negra e dos povos indígenas, a maldade estampada no rosto e nas ações de pessoas que deveriam zelar pela paz , pela saúde e pelo bem estar do nosso povo.
Precisamos falar de todas estas violências para que elas não sejam naturalizadas. O Teatro talvez seja o espaço mais fértil para mostrar que não podemos nos conformar com todas estas guerras. Assim, procurei recorrer a autores que, unidos numa peça, nos proporcionam um panorama dos perigos e riscos que corremos se não dermos as mãos para enfrentarmos os desafios de um mundo à beira do precipício.
Com “Jogos na hora da sesta”, Roma Mahieu mostra como as crianças reproduzem o preconceito e a violência que vivem em casa. Em “A mulher como Campo de Batalha”, Matei Visniec toca na ferida aberta da violência sexual sofrida pelas mulheres nas guerras. O mesmo Matei em “Pense que Você é Deus “ denuncia a frieza e o desprezo pelo ser humano por parte dos franco atiradores e mercenários de guerra. Chegamos então a Bertolt Brecht, um dos maiores dramaturgos de todos os tempos. Escolhi duas cenas da famosa peça “Terror e Miséria no Terceiro Reich”: “A Mulher Judia” e
“Os Contratadores de Trabalho”. Na primeira, entramos em contato com a semente do Holocausto e do assassinato de seis milhões de judeus na Alemanha nazista. Na segunda cena, Brecht questiona o cidadão comum sobre a sua responsabilidade politica e a necessidade de não compactuar com a engrenagem da guerra. Na última peça, o clássico de Fernando Arrabal, “Piquenique no Front”, mergulhamos através de um humor cáustico no absurdo da guerra. Na busca de um olhar latino-americano sobre o tema da guerra, oferecemos palavras preciosas de Eduardo Galeano, José Mujica e Mercedes Sosa.
Acredito que os alunos da BT38 vivenciaram nesses messes de ensaio uma diversidade dramatúrgica invejável. Com isto, a turma pôde desenvolver novas possiblidades de atuação e novos olhares sobre o Teatro e a vida.
Agradeço ao empenho e a dedicação da turma BT38 e parabenizo a todes pelo processo e pelo resultado.
Agradeço também aos professores que participaram com o seus talentos da feitura desta peça: Charles Kahn, Marina Salomon e Renata Frisina.
Finalmente, agradeço ao apoio incondicional da coordenação, administração, corpo docente e às funcionárias e funcionários da Faculdade Cal de Artes Cênicas.
Uaraura Das! Viva o Teatro!

  • Texto

    Bertolt Brecht

    Eduardo Galeano

    Fernando Arrabal

    José Mujica

    Matei Visniec

    Roma Mahieu

  • Direção e Adaptação

    Isaac Bernat

  • Direção de Movimento

    Marina Salomon

  • Preparação Vocal

    Renata Frisina

  • Direção Musical

    Charles Khan

  • Trilha Sonora

    Isaac Bernat

  • Figurino

    Turma BT38

  • Aderecista

    Gabriel Boliclife

  • Operador de som

    Alex Lucas

  • Estagiário de Licenciatura em Teatro

    Rafael Assis

  • Projeto Gráfico

    Mariana Magalhães

    Rita Ariani

  • Realização

    CAL

  • Elenco

    Amanda Assumpção

    Ana Luzia

    Ana Plentz

    Cristtiane Rocha

    Emily Guarnel

    Giovanna Cherly

    Giuliana Ainsworth

    Guilherme Lopes

    João Camargo

    Karolyna Mendes

    Luísa Arnaud

    Mari Mocny

    Mariana Magalhães

    Miguel Conti

    Raphael Bela

    Yasmim Porto

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