MATADOURO

“Só vive em mim o que ainda não existe”.

Quatro tragédias, um espetáculo e uma turma para contar.

Marcelo Morato é o diretor que conduz a turma TEC.S por uma jornada shakespeariana de encenação. 

A partir das peças Romeu e Julieta, Otelo - O Mouro De Veneza, Macbeth, Hamlet e o Príncipe da Dinamarca - em diversas traduções, entre as quais algumas de Millôr Fernandes, Beatriz Viégas-Faria, Onestaldo de Pennafort, Bárbara Heliodora, Manuel Bandeira -, se deu um processo de adaptação, costura e montagem que rendeu ao jovem elenco em formação a imersão nas tramas, personagens e possibilidades cênicas da obra do bardo inglês.

Para um ator, o que pedir mais?

Enfim, é tempo de Shakespeare no palco da CAL com O MATADOURO.

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Com a palavra, o diretor:

“A encenação de uma única tragédia do inglês William Shakespeare já é uma missão complexa. A encenação de quatro tragédias sintetizadas é um grande desafio, uma espécie de loucura, um aprendizado intenso, uma maratona alucinada. Shakespeare é um dramaturgo que desafia todo o tempo direção e elenco; é de uma teatralidade à flor da pele, seja através da linguagem, da ação, dos sentimentos ou dos sentidos – não há cena onde não ocorra uma transformação fundamental na ação dramática ou no estado das personagens; sua linguagem é complexa, notadamente para atores e espectadores de hoje; suas metáforas são um grande estímulo ao nosso imaginário; sua liberdade de recursos é de extrema potência; a profundidade dos afetos que ele traz à tona é sempre desconcertante. (...)”

Marcelo Morato