Unidade CAL Glória
Espaço Sergio Britto
“Nascemos sem ter pedido, vivemos sem entender porra nenhuma e vamos morrer querendo viver mais.”
Da obra de um dos grandes homens do teatro brasileiro, com adaptação de Rômulo Chindellar e direção de Cesar Augusto, conheçam Os Melhores Anos.
Em sua formatura, a turma BT46A cria um espetáculo que embaralha as histórias cheias de paixão e comoção de Domingos Oliveira para embaralhar também o que é vida e o que é cena. Do sonho à ressaca, da ingenuidade ao desencanto, do amor romântico ao amor possível. Uma linha entre o que foi vivido e o que inventamos da nossa memória. Os personagens aparecem como lembranças de uma juventude que insiste em se fazer presente e eterna.
Acompanhamos o cotidiano de um grupo de jovens da classe média num glamouroso Rio de Janeiro dos anos 1950, mergulhados nas alegrias e dores do amadurecimento. Logo depois, nos seminais anos 60, seguimos aqueles que vivem intensamente e acham que é possível mudar o mundo, discutindo a liberdade, experimentando o amor, deparando-se com as tensões de um país que caminhava para uma ditadura. E, então, os dias de hoje, o presente dos nossos atores e atrizes. Os saltos, afinal, se explicam: a vida, a arte e o tempo são feitos da mesma matéria: instante. Somos o que inventamos pra viver e o que vive em nós quando já não há o que inventar.
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Com a palavra, o diretor.
“No teatro, o momento é presença. É o encontro irrepetível entre corpos, vozes, intenções e respirações que partilham um mesmo espaço e um mesmo tempo. No instante em que o gesto se torna sentido, a palavra ganha corpo e o silêncio adquire espessura. Cada apresentação é um experimento de tempo vivo, um desdobramento entre o que foi ensaiado e o que acontece. O teatro, assim como certas expressões e vivências, é a arte que melhor compreende o momento, o instante, porque vive e desaparece com ele. Sacou? Talvez não precise.
Tudo foi e é inventado, desde a explosão matriz, que já se constituiu através do acaso. Nada mais revolucionário. As palavras não dão conta, as projeções científicas pesquisam infinitamente, os deuses brincam e sacodem as estruturas. (...)
Cesar Augusto
Rômulo Chindelar
Cesar Augusto
André Poyart
Fael de Roca
Luciana Bicalho
Rose Gonçalves
Camila Maçana
Victória Faccin
Wilson Reiz
João Goffman
Marcela Anjos
Adrye Battista
Pablo Henriques
Rita Ariani
Jayme Sousa
Nilson Sousa
Nicole Mocarzel
Marcia Quarti