A PALAVRA PROGRESSO NA BOCA DE MINHA MÃE SOAVA TERRIVELMENTE FALSA

Este espetáculo mergulha em uma dramaturgia densa, onde a violência da guerra e os embates sobre as novas fronteiras de um mundo em angustiante transformação, rende ao público uma experiência intensa e marcante.
Já para o jovem elenco da turma BT47 que estreia um trabalho assim, isso significa a oportunidade de estar em cena com uma montagem e personagens que são um rito de passagem artístico e profissional.

“A Palavra Progresso na Boca de Minha Mãe Soava Terrivelmente Falsa" aborda os traumas e o luto de uma família após uma guerra, explorando a dor da memória e os efeitos duradouros do conflito. O enredo se concentra em um pai e uma mãe que buscam os restos mortais do filho morto, enquanto lidam com o "progresso" da reconstrução que apaga o passado, especialmente para a mãe, que não consegue fazer o luto. 

Com a direção de Marcus Alvisi e o texto do genial Matéi Visniec, vão sendo montados painéis temáticos que - na medida em que ação se expande- criam um grande mosaico sobre a assombrosa condição humana. A peça vai sendo contada por múltiplas telas que se complementam e conversam entre si, seja por compartilhar um tema em comum, ou por episódios aparentemente díspares, que se perfazem sucessivamente.

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Com a palavra, o diretor

"Um título imenso para uma peça de qualidade igualmente imensa. Matéi Visniec, autor franco-romeno, agora escreve sobre os emaranhamentos e escabrosidades da guerra e todas as suas dobras e desdobras. É um mergulho no abismo. Visniec, poeta do exílio, costura aqui uma fábula dilacerante sobre o pós-guerra e o que resta do ser humano quando a palavra “progresso” perde o sentido."

Marcos Alvisi