Este curso propõe uma investigação cênica e histórica do fascismo, entendido como um fenômeno que atravessa épocas e reaparece sob novas formas no presente. A partir de uma imersão crítica em arquivos — como fotos, reportagens, objetos e documentos pessoais — os participantes serão convidados a explorar os escombros do passado e a transformá-los em matéria viva para a criação teatral.

Esses materiais servirão como disparadores para a construção de personagens, improvisações e dramaturgias que misturam realidade e ficção. O curso valoriza o processo colaborativo e o aprofundamento individual, buscando expandir o repertório criativo do ator ao lidar com temas complexos e atuais.

O trabalho prático será sustentado por referências teóricas e dramatúrgicas fundamentais, como Walter Benjamin, Didi-Huberman e Bertolt Brecht. Através delas, refletiremos sobre o papel do ator como intérprete da História, mediador da memória e agente ético-político.

Ao final do percurso, o grupo apresentará publicamente uma criação cênica coletiva, fruto das investigações desenvolvidas ao longo das aulas.

> Como olhar o presente à luz do passado?
> Como encenar o passado hoje?
> Qual o papel ético e político do ator diante de temas históricos tão latentes?
> Como o teatro pode contribuir para a disputa de imaginários e construção de futuros?

Público-alvo : Atores iniciantes ou profissionais a partir de 18 anos.